Segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas realizados em outubro de 2020, a falta de insumos no Brasil á a maior desde 2001 em 14 dos 19 setores industriais analisados.
E se por um lado falta matéria prima, do outro os setores começam a ter um aquecimento.
O IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% do 3º trimestre na comparação com os três meses anteriores, indicando uma recuperação da indústria em relação ao segundo trimestre.
Mesmo com essa recuperação, os setores vem sentindo o impacto da escassez de matérias-primas em diversos segmentos, além da alta de preços.
Diante disso, muitas empresas tiveram que reduzir o seu ritmo de produção, postergando prazos de entrega ou até evitando pegar pedidos.
Isto vem afetando tanto as gráficas que imprimem etiquetas, embalagens etc como os fabricantes de equipamento para o setor.
Além disso, o câmbio desvalorizado têm impactado significativo na alta de preços, pois boa parte dos insumos são importados.
Interrupção durante a Pandemia
Outro fator é que a interrupção da produção durante a pandemia de coronavírus e uma retomada do consumo mais forte do que o esperado pegou as empresas com baixos estoques e demanda crescente.
Isso provocou um descompasso entre fabricantes de matérias-primas e empresas fabricantes de produtos finais e varejo.
Retomada
Assim, a retomada da economia com a falta de matérias-primas para produção, bem como um câmbio elevado acabam por provocar uma alta nos preços.
Para se ter uma ideia, o IGPM do período ultrapassa os 20%.
Alguns setores falam em aumentos de 60% a 80% nos insumos, mas não é possível repassar tudo para o mercado.
A esperança é uma normalização gradativa conforme a situação global vá melhorando com a chegada das vacinas.